A vacina contra febre amarela é a mais eficiente forma de combate à doença. Outras medidas de proteção recomendadas são o uso de repelentes e telas mosquiteiras.

Vacinas disponíveis:

No Brasil há dois tipos de vacinas disponíveis, a produzida pela Biomanguinhos-Fiocruz, utilizada pela rede pública, e a produzida pela Sanofi Pasteur, utilizada na rede privada (e eventualmente pela rede pública). Ambas são feitas de vírus vivo atenuado, cultivado em ovo de galinha, e garantem eficácia estimada de aproximadamente 95%.

Indicação:

A vacina está indicada para crianças com mais de 9 meses e adultos com menos de 60 anos. Em 2017, o Ministério da Saúde seguiu as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de ofertar somente uma dose durante toda a vida. No entanto, estudos recentes evidenciaram diminuição na resposta imunológica da criança vacinada apenas aos 9 meses. Diante disso, a partir de 2020, será administrada uma dose de reforço para as crianças aos quatro anos de idade. Para os adultos será mantida apenas uma dose para garantir a proteção. Não é mais necessário repetir a vacina a cada 10 anos. Também em 2020 o Brasil passa a ter todo seu território como área com recomendação de vacinação. Anteriormente, a vacina de febre amarela era ofertada apenas para algumas regiões do país. 

Observação: em 2018, o Ministério da Saúde usou doses fracionadas para conter o surto. A estratégia é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como segura e eficaz.

Contra indicações:

  • A vacina não é rotineiramente indicada para as gestantes. Em situação de alto risco de infecção, a futura mamãe deve ser avaliada por um médico;
  • Quem está amamentando também NÃO deve receber a vacina. Se a vacinação não puder ser evitada, suspender o aleitamento materno por 10 dias. bebês com menos de 6 meses;
  • para os que tem de 6 a 9 meses, a vacina pode ser dada, em situações especiais, desde que indicada pelo médico. Em épocas de surtos, em geral recomenda-se vacinar os bebês acima de 6 meses.
  • Pessoas com imunodepressão grave por doença ou uso de medicação.
  • Pacientes que tenham apresentado doença neurológica desmielinizante no período de seis semanas após a aplicação de dose anterior da vacina.
  • Pessoas com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras).

Efeitos adversos:

  • febre, dor de cabeça e dor muscular são os eventos mais frequentes e acontecem em cerca de 4% dos que são vacinados na primeira vez e menos de 2% nas doses subsequentes.
  • dor na área de aplicação ocorrem em 4% dos adultos vacinados e um pouco menos em crianças pequenas. A dor dura um ou dois dias, na forma leve ou moderada.
  • Apesar de raríssimos, podem acontecer eventos graves: reações alérgicas, doença neurológica aguda (encefalite, meningite, doenças autoimunes com envolvimento do sistema nervoso central e periférico) e doença em órgãos (infecção pelo vírus vacinal causando danos semelhantes aos da doença). No Brasil, entre 2007 e 2012, a ocorrência destes eventos graves foi de 0,42 caso por cem mil vacinados.

Não sabe ou não lembra se tomou a vacina? 

Pode tomar de novo, desde que esteja no grupo recomendado e desde que não tenha nenhuma contraindicação para esta vacina.

 E para viajantes? Há exigências?

Sim, como o Brasil é considerado endêmico para a febre amarela, alguns países só permitem a entrada de viajantes brasileiros que apresentem o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP) com registro de dose aplicada no mínimo 10 dias da viagem. A dose fracionada não é válida para esse fim.

Para obter o documento é necessário procurar os serviços públicos ou privados habilitados ou acessar o site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para emissão online.