O bebê tem naturalmente o hábito de sugar, que começa já na vida intra uterina. É um reflexo importante para sua sobrevivência, responsável pela sua alimentação ao seio materno. Além da questão nutricional, com a sucção, há a liberação de um hormônio chamado endorfina, que provoca sensação de prazer e bem estar ao bebê. 

O uso da chupeta pode ser necessário para suprir uma necessidade emocional do bebê. Os pais das crianças devem conhecer os prós e contras do uso da chupeta antes de decidirem oferecer ao seu bebê. Alguns pontos que você precisa saber sobre a chupeta são:

  1. alguns estudos associam a chupeta a um tempo menor de duração do aleitamento materno; o uso no período neonatal deve ser limitado a situações específicas, como alívio da dor, calmante, ou para melhorar a função motora oral;
  2. há outras formas de acalmar um bebê, como o colo, amamentação; vale lembrar aqui que o uso da chupeta cumpre bem essa função, e pode ser usada desde que seja retirada logo após a criança ter se acalmado;
  3. a chupeta pode interferir na formação bucal e sua utilização pode aumentar as chances de a criança apresentar deformação na arcada dentária, problemas na mastigação, problemas na fala, problemas na linguagem oral, ou problemas emocionais; esses problemas são resolvidos se o uso for consciente, por pouco tempo;
  4. a chupeta induz à respiração oral (pela boca), aumentando o risco de irritações (amigdalites, faringites) e infecções de ouvido. O papel da chupeta no desenvolvimento da otite ainda precisa de mais estudos, e parece ser proporcional ao tempo e à frequência de uso;
  5. alguns especialistas acreditam que o uso da chupeta diminui a chance de síndrome da morte súbita do lactente (SMSL). A Academia Americana de Pediatria orienta mães de bebês a termo saudáveis a usarem a chupeta nas sonecas ou no período de sono dos bebês após a amamentação estar bem estabelecida, aproximadamente com 3 a 4 semanas de vida;
  6. durante os primeiros meses de vida o uso da chupeta pode ser benéfico, se for feito  da forma correta, pois estimula a sucção e o desenvolvimento da mandíbula, e traz a sensação de segurança para a criança e tranquilidade para os pais;

Com base nestas informações, os pais podem decidir ou não pelo seu uso. Lembrando que, caso optem pelo sim, o ideal é que não deem a chupeta por qualquer motivo. O seu uso não deve ser desencorajado nos primeiros seis meses de vida, pois os efeitos benéficos para as crianças na redução do risco de SMSL e como calmante superam os riscos de sua interferência na amamentação. A partir do segundo semestre, o seu uso deve ser descontinuado. 

Converse sempre com seu pediatra, e lembre-se que tudo deve ser feito com bom senso e de forma leve, para não sobrecarregar emocionalmente a família!